quarta-feira, 30 de março de 2011

Pisco e faço-me acordar do conto de fadas.



Fico observando as mulheres próximas a mim, próximas por estarem na minha vida real, literária ou virtual.
Não importa a classe social, a carreira, a idade, o QI ou o coração, elas tem um único objetivo na vida: encontrar um 'amor' de verdade.
Independente do século XXI, das evoluções tecnológicas, e do vasto mundo feminino conquistado, todas elas continuam com a visão infantil e ultrapassada de encontrar a metade da laranja, hoje usando de jargões: "não, não existe metade da laranja, vou encontrar o Css do meu html!"
Toda a evolução pessoal e profissional, caminhada, estudo, são simplesmente para ocupar o tempo deixado pela falta do tão procurado amor verdadeiro pra sempre.
Todas tem consciência disso, fingem que eles não interessam, escrevem textos rebeldes e continuam lendo as colunas femininas fúteis que ensinam fórmulas para serem as mulheres certas e perfeitas para o primeiro cara mais legalzinho que aparecer, ou realmente se revoltam e procuram fórmulas certas para incomodá-los com os poderes de mulher do topo da árvore, bem sucedida e rebeldemente interessante.
É exaustivo demais ficar sempre atenta as minhas atitudes e vontades para que eu não caia na síndrome do amor de verdade, que não passa do desespero de achar qualquer ser do sexo oposto, criar regras e condições para prendê-lo a mim e cumprir a lei da cadeia social, mas, como prefiro ficar para Titia descolada e legal do que ser a mulherzinha submissa ou solteirona frustrada da história, me dou ao trabalho de acordar do conto de fadas!

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